As relações tal como as conhecemos acabaram. E o amor tal como o vivemos está a renascer. Se ainda não encontraram esta verdade na vossa vida, têm apenas de olhar à vossa volta. A vida das nossas relações está em descalabro. Não há nenhum de nós que não tenha tido um paroxismo ou desgosto de amor, um divórcio demolidor ou uma terrível noite a sós no sofá. A vida contestou a nossa imagem mítica do que devia ser uma "verdadeira relação". E apesar de sabermos, pela nossa própria experiência pungente, que as relações não são a solução para tudo, continuamos a buscá-las, a quere-las, esperando que nos façam totalmente felizes, que nos devolvam a nós próprios. Que a forma já não funciona é óbvio em toda a parte. Recentemente, no espaço de poucos meses, conheci as seguintes pessoas: uma mulher, supostamente bem casada e mãe de uma criança pequena que, para preencher as suas necessidades emocionais, mantém duas relações sexuais fora do casamento. Uma mulher, casada duas vezes sem êxito e finalmente, pela terceira vez numa união extraordinariamente romântica e sentida, que se encontra novamente à beira do divórcio, após dez anos deste terceiro casamento "perfeito". Uma divorciada que mantém uma relação platónica com um homem casado que vive a centenas de quilómetros de distância e, em simultâneo, ligações sexuais com dois homens na cidade onde vive e que explora, com um grupo sério e empenhado que reúne mensalmente, formas alternativas de relacionamento. Um homem de meia-idade, casado por duas vezes e pai de três rapazes que acaba de mandar a sua terceira amada para uma pós-graduação sabática de um ano na Europa com a benção de que "todo o homem que seja teu amante enquanto eu não estiver será um irmão para mim". A mãe solteira de uma filha de nove anos que tem uma ligação há vinte e cinco anos com um homem que não é o pai da filha.
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