(…) Os meus estudos levaram-me a todo o lado: das teorias de físicos eruditos às profundezas das ciências esotéricas, da simples medicina tradicional até ao ponto em que decidi poder considerar-me quase uma perita no assunto. O único problema era que, com ou sem conhecimento, “obter mais da vida” não estava a acontecer e isso começava a irritar-me. Faltava qualquer coisa, e eu pura e simplesmente não conseguia perceber o quê.
Naturalmente, dado o meu vasto conhecimento do assunto, quando me deparei com uma teoria recente mas provinciana, de uma família de mestres sem credenciais académicas, o meu primeiro impulso foi troçar da informação, dada a enorme simplificação daquilo que eu considerava ser um assunto de dimensões colossais. Como tal, foi bastante contrariada que concordei em analisar uma gravação ridícula que um amigo bem intencionado me pôs à frente dos olhos.
Fiquei boquiaberta! Ali estava eu, uma ilustre estudiosa do pensamento – da sua magnética, dos seus impulsos, da sua frequência, da sua relação com a emoção, do seu efeito na nossa experiência, etc. –, e aparecem uns indivíduos que displicentemente oferecem, da forma mais simples, as peças que faltavam para vencer os obstáculos da vida, que eu começava a pensar não existirem. Uma espécie de “Hum, com licença, minha senhora, não era disto que andava à procura?”.
Por isso, mergulho nessa teoria (o que se revelou um trabalho de centenas de horas) e, ao fim de duas semanas, fico espantada, passado um mês estou atónita e, em noventa dias, a reviravolta na minha vida é de tal ordem que digo: “É isso! Tenho de escrever sobre isto, para que o resto do mundo possa dar a volta comigo.” |